segunda-feira, setembro 22, 2008

Algarve IV - Via Algarviana em BTT


Via Algarviana: a azul o que fizemos, e a vermelho o que ficou por fazer

Vou começar pelo fim: o objectivo de cumprirmos os 300km da Via Algarviana em 3 dias não foi cumprido e desistimos quando ainda faltavam 85km para o final. :(

Depois da desistência do André, eu e o Hugo decidimos tentar fazer a Via Algaviana em 3 dias (em vez dos 4 inicialmente previstos). Achámos que 100km por dia não era muito e até poderíamos fazer mais do que isso em alguns dias - ao substimar a Via cometemos o nosso primeiro erro.

Aqui ficam algumas das nossas desculpas:

* Substimamos a Via Algarviana - esta rota não deve ser substimada, é BTT puro e duro, com subidas e descidas muito íngremes, e muita subida acumulada. No primeiro dia subimos 1700m (em ~95km), no segundo foram 2200m (em ~95km) e no terceiro já íamos com mais de 1000m quando desistimos com cerca de 30km feitos. Não se trata portanto de um percurso simples para cicloturistas...

* Precisamente por termos substimado a Via levámos carga a mais, principalmente eu! Levei alforges com uma série de coisas que não precisei, e logo na subida à Serra de Monchique no 1º dia comecei a pagar a factura... Achei que peso a mais resultava em melhor treino! :)

* A Via Algaviana foi pensada como sendo um percurso pedestre, e por isso há algumas partes do trilho não cicláveis em que é necessário carregar a bicicleta (ainda por cima estavam pesadas!). São distâncias relativamente curtas mas onde se perde imenso tempo, e na Serra de Monchique é onde aparece a maior parte destres trilhos: chegámos a demorar 1 hora para fazer uns 3 ou 4km...

* O verdadeiro motivo da nossa desistência foram os furos. Levámos 5 câmaras de ar suplentes (2 das minhas estavam estragadas...) e acabámos com o stock. Quando íamos passar à fase de remendar descobrimos que (estranhamente) tínhamos ambos os tubos de cola vazios... Portanto, toca a pegar no telemóvel. Com tanto peso e tanta tralha que levei é um bocado imbecil desistir por não ter mais câmaras de ar, ou cola para remendos, mas ficou a lição para as próximas.

Os furos e a falta de material suplente foi o que nos levou verdadeiramente a desistir, mas se não tivéssemos desistido muito provavelmente não teríamos chegado a Alcoutim ao 3º dia.

As próximas travessias terão que ser melhor preparadas!

1º dia: Sagres - Monchique

Eu e Hugo no Cabo de São Vicente

Cabo de São Vicente

Cabo de São Vicente

Entre Barão de São João e Bensafim

Entre Barão de São João e Bensafim

Entre Bensafim e Marmelete

Serra de Monchique ao final da tarde

2º dia: Monchique - Salir

Eu e Hugo no Picoto (Serra de Monchique) - o trilho até lá cima é maioritariamente pedestre, por isso foi o cabo dos trabalhos para chegar lá cima...

Hugo no Picoto

Eu no Picoto com Monchique e a Fóia lá atrás

Primeiro furo entre Monchique e Silves

A etapa de Monchique a Silves foi a mais dura de todas: demorámos 4 horas para fazer 30km. Depois de descer do Picoto achámos que ia ser sempre a rolar bem, mas enganámos-nos! Trilhos cicláveis de sobe-e-desce mas sempre com inclinações brutais tanto a subir como a descer...

Nunca mais chegamos a Silves...

Eu e os terríveis montes a Norte de Silves

Banho refrecante na Barragem

3º dia: Salir - Castelão

Quase a chegar a Barranco do Velho para o pequeno-almoço

Eu e a terrível Serra Algarvia

Finalmente não queria deixar de dizer mais algumas coisas:

* apesar de tudo o percurso é lindíssmo e o interior Algarvio tem muitas surpresas para nos oferecer;

* as aldeias perdidas no interior são todas muito bonitas e as pessoas do mais simpático e hospitaleiro que há: oferecem sempre água fresca, fruta, e estão sempre dispostas a ajudar no que fôr preciso;

* também gostei muito do parque de campismo rural "Pote d'Ouro" em Salir, onde fomos muito bem recebidos.

terça-feira, setembro 16, 2008

Budapeste

Este fim-de-semana, para variar, fomos passear! :)
Destino: Budapeste!

No 1º dia, apenas à tarde, demos uma voltinha pelas redondezas de Peste, para nos começarmos a ambientar com a cidade. Deu para ver que existe grande qualidade de vida, com ruas amplas e bem cuidadas, muitas ciclovias, bons restaurantes e cafés e lojas bem apelativas.

Mercado de Nagycsarnok




















No 2º dia, decidimos ir até ao outro lado do Danúbio, até Buda, onde fica, entre outras coisas, a citadella, o Castelo e o Palácio Real. Buda é bastante mais calmo, quase uma aldeia muralhada. Mas também muito mais turístico!! Japoneses... é aos pontapés!

Palácio Real visto de Peste


Vista das muralhas do Castelo para Buda

Rui a estudar o guia com o Hotel Kulturinnov, antigo Ministério das Finanças, por trás

"Bastião do Pescador", parte das muralhas do Castelo


Vista das muralhas, mas para o lado de Peste. Em grande plano, o Parlamento

Interior do Palácio Real, onde estava a decorrer, por mera coincidência, uma feira de prova de vinhos! Foi pura sorte, mas calhou bem porque os vinhos húngaros são supimpas!

Catacumbas por baixo do Castelo com 1200m de comprimento e 16m abaixo do chão. Após as 18h, fica tudo apagado e visitam-se apenas com candeeiros a óleo. É arrepiante!

Vista noturna para o Parlamento


Ao 3º dia, resolvemos ir mais além: Visegrád. Um highlight do país. Basicamente é uma pequena aldeia, nas margens do Danúbio, que era a "outra" capital da Hungria, durante os meses de Verão.


Palácio Real

Vista da Citadella para um lado...

... e para o outro do Danúbio! Lindo!

Entrada da Citadella

Citadella


No 4º dia, o tempo piorou. Fazia frio e a vontade de conhecer diminuiu. Mesmo assim, ainda tentámos conhecer o que faltava: o Parlamento, a Basílica, ...


No final, e mesmo antes do avião, ainda demos um saltito aos banhos termais que aqui são hábito comum - uma bela despedida! :)


Basílica de St. Stephen's - santo padroeiro da Hungria

Peste, com a Basílica ao fundo

Aspecto geral do interior dos Banhos Széchenyi

Rui e o aspecto geral do exterior dos Banhos Széchenyi

segunda-feira, setembro 15, 2008

Algarve III - Lagos

Porque não foi só o Rui que fez programa de ómes no Algarve...
... e porque mais vale tarde do que nunca...

... eis as fotos comprometedoras de um mega fds!!

Ás gaiiijas, uma enorme beijoca de muitas saudades!!































domingo, setembro 07, 2008

Nuno On The Road


Joana no Salar de Coipasa

O Nuno começou a pedalar à 773 dias atrás no Canadá, acima do círculo polar ártico. O objectivo é atravessar toda a América de Norte a Sul até à Patagónia. leva mais de 32 mil km pedalados e está actualmente na Bolívia.

Tenho acompanhado o blog dele desde o início da viagem e não tenho palavras para descrever esta aventura...

Neste momento ele anda (bem) acompanhado pela Joana, e as travessias dos salares no Altiplano Boliviano deixaram-me... sem palavras.

Vejam aqui: On the Road.

Obrigado Nuno por nos deixares viajar contigo.