quinta-feira, janeiro 31, 2008

África - Notas Soltas

Ontem li esta notícia no Público acerca da Taça das Nações Africanas de futebol a decorrer no Gana:

«À margem da disputa nos relvados, aumentam as críticas à organização da competição. Ontem o seleccionador dos Camarões, Otto Pfister, não foi meigo, considerando-a uma “catástrofe total”, depois de a sua equipa ter chegado à cidade de Tamale sem qualquer bagagem ou equipamentos desportivos. Isto na véspera de um jogo decisivo para a qualificação dos camaroneses para os quartos-de-final, contra o Sudão.

“Deixámos Kumasi de manhã e disseram-nos que um helicóptero acompanhar-nos-ia com todas as nossas bagagens”, explicou o técnico alemão. “Chegamos aqui e não há uma bola, nenhuma t-shirt. Os quartos não estão preparados. Esperámos três horas no hall de entrada e a refeição foi servida tarde”, acrescentou.

Pfister não se deteve e revelou mais problemas: “Ontem [segunda-feira] em Kumasi, queríamos comer ao meio-dia, mas o proprietário do hotel esqueceu-se de dar as chaves da cozinha aos funcionários para que estes preparassem o almoço. Todos os dias acontece alguma coisa. Temos algumas vedetas mundiais e é difícil manter o moral”.»

Esta notícia trouxe-me à memória a “saudosa” viagem a África no verão passado. A desorganização e desleixo daqueles povos arrepia qualquer europeu, mas a verdade é que continuo fascinado e atraído por este continente.

Nessa mesma viagem que fiz com a B, passámos pelo Quénia. Na altura dizíamos a toda a gente que a nossa viagem seria pacífica pois iríamos a países relativamente estáveis politicamente! No entanto bastaram umas eleições democráticas no Quénia para o país entrar no caos; segundo o Público: «Desde o anúncio da vitória de Kibaki, a 30 de Dezembro, as violências no país já fizeram cerca de mil mortos e perto de 300 mil deslocados.»

Lamu, Setembro de 2007: Quenianos em festa antes de um comício de campanha para as presidenciais. Este estilo dos militantes tipo claque e com paus nas mãos poderia deixar antever o que se passa agora?

Sem comentários: